segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que é o trabalho?

    Para Marx, o homem é o primeiro ser que conquistou certa liberdade de movimentos em face da natureza. Através dos instintos e das forças naturais em geral, a natureza dita aos animais o comportamento que eles devem ter para sobreviver. O homem entretanto, graças ao seu trabalho, conseguiu dominar em parte, as forças da natureza, colocando-as a seu serviço.

"Como criador de valores de uso, como trabalho útil, é o trabalho, por isso, uma condição de existência do homem, independente de todas as formas de sociedade, eterna necessidade natural de mediação do metabolismo entre homem e natureza e, portanto, da vida humana."

    Os animais também trabalham e produzem, porem somente para atender as exigências práticas imediatas, exigências materiais diretas dos mesmos ou de seus filhotes portanto, não podendo ser livres ao trabalharem, pois a atividade dos mesmos é determinada unicamente pelo instinto ou pela experiência limitada que podem ter.

    O que ocorre ao homem é diferente. Anterior a realização de seu trabalho, o homem é capaz de projetá-lo, ou seja, a capacidade de definir meios diversos que possibilitam o alcance de seu objetivo, possuindo a livre escolha da alternativa que melhor se adeqüe a seus meios e procura segui-los.

    Justamente porque o trabalho humano pode ser diferente do trabalho dos animais é que o homem modifica a natureza de acordo com suas possibilidades. O que Marx observa na História é a evolução gradativa do trabalho, naquilo que corresponde a evolução do homem e a necessidade de suprir suas necessidades frente ao meio.


    Para aumentar o seu poder sobre a natureza, o homem passa a utilizar instrumentos, acrescenta meios artificiais de ação aos meios naturais de seu organismo multiplicando-se enormemente a capacidade do trabalho humano de transformar o próprio homem.

Artigo: Zygmunt Bauman

    O artigo visa analisar a teoria sociológica de Zygmunt Bauman, sobretudo pelo que concerne a mudança nos relacionamentos afetivos que a pós-modernidade liquida está proporcionando. Depois de ter apresentado o novo quadro cultural que Bauman define como “modernidade liquida”, o artigo entra no cerne da questão analisando a nova idéia de identidade que a cultura pós-moderna está propondo, parando a atenção em algumas figuras típicas da modernidade liquida que Bauman analisa ao longo da sua obra: o refugo, o turista e o vagabundo. O artigo termina apresentando um rápido esboço das idéias sobre a religião na modernidade liquida que Bauman oferece nas ultimas suas obras.